Testes em animais: motivos para serem proibidos

Testes em animais: motivos para serem proibidos

Os testes em animais estão entre as práticas mais cruéis da sociedade moderna, mas houve avanços significativos para reduzir e proibir esse método.

Apesar da interação nociva entre humanos e animais ser mais antiga, os testes em si foram difundidos a partir do início do século XX, especialmente na indústria farmacêutica, devido à descoberta de semelhanças genéticas entre humanos e outros mamíferos.

A partir disso, os testes em animais foram justificados como uma forma de garantir a segurança dos humanos por meio do teste de substâncias em diferentes animais.

Atualmente, entretanto, cresce o movimento cruelty-free, que prega o fim da crueldade de testes em animais, e o movimento vegano, que acredita na superação de qualquer tipo de exploração animal.

Para saber mais sobre os testes em animais – e sua superação e proibição – confira a seguir:

Como são feitos os testes em animais?

Os testes em animais são conduzidos especialmente em espécies que compartilham alguma similaridade com a genética humana.

Os animais que mais são alvos incluem: ratos, coelhos, hamster, porquinho da índia, porcos, ovelhas, gatos, cachorros, macacos e outros.

Na indústria cosmética, a preferência se dá especialmente pelos ratos e coelhos com justificativas do tipo: são fáceis e baratos para manter, tem muitos filhotes, são pequenos e fáceis de manusear.

Infelizmente, pela narrativa construída, é como se estivessem lidando com coisas, objetos, e não seres vivos.

Os testes em animais, que são chamados de cobaias, implicam no uso tópico ou interno de substâncias ainda em fase de estudo, ou seja, que não tem efeitos colaterais conhecidos.

Os animais são expostos a altas doses para verificar o nível de tolerância a cada composto, bem como a interação entre diferentes químicos.

Além disso, os animais vivem muitas vezes isolados e presos em pequenas gaiolas, para que não haja interação com outros.

O resultado dos experimentos em animais é que, a maior parte deles, fica com sequelas decorrentes da exposição às substâncias e perde a vida precocemente em relação à expectativa de vida da espécie.

A indústria de cosméticos

Os testes em animais ainda são uma realidade em diversos países, seja na indústria cosmética como em outras áreas, como a farmacêutica, química, biológica etc.

O tratamento dado aos animais, entretanto, é desumano e cruel em todos esses contextos.

No que se refere à indústria cosmética, os laboratórios responsável tratam os animais como seres descartáveis. 

Os animais são usados para testar o efeito das formulações na pele e da mucosa, resultando em lesões, reações alérgicas, tumores, queimaduras e outros danos.

Além disso, os animais são usados para testar não apenas os efeitos colaterais, mas a probabilidade de alergia e o quanto uma substância pode ser adicionada à formulação até a saturação, ou seja, quando de fato resulta em uma reação.

Com isso, verifica-se que os testes em animais visam principalmente identificar danos, prejuízos à saúde e alergias, de forma que eles são expostos até o limite para que tais dados sejam analisados.

Outra questão envolvida nos testes em animais é o nível de estresse ao qual eles são expostos repetidamente devido ao manuseio, imobilização, aplicação de substâncias e isolamento, o que resulta em doenças crônicas e morte de muitos animais.

Por que a ciência usa animais para testes?

testes_animais

A justificativa para uso de animais em testes é de que haja maior segurança quando humanos forem expostos à formulação.

Na indústria cosmética, por exemplo, os testes em animais têm como finalidade entender a tolerância a determinadas formulações, avaliar efeitos colaterais e reações alérgicas.

Também justifica-se o uso de animais para medição da eficiência dessas formulações, mas essa variável é menos confiável.

Selo Cruelty-Free: por que testes em animais foram proibidos

Diversos países já proíbem os testes em animais e, inclusive, a comercialização de cosméticos e produtos que tenham sido testados em animais durante o desenvolvimento.

A Europa, por exemplo, proíbe desde 2013 o comércio de cosméticos testados em animais.

Para identificar produtos que não incluíram testes em animais na fase de desenvolvimento, a organização americana PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) criou a certificação Cruelty-Free, um coelhinho que indica que houve uma avaliação criteriosa e que ficou comprovado que o produto foi desenvolvido sem testes em animais.

No Brasil, está proibido o uso de teste em animais para cosméticos e perfumes, segundo portaria publicada no DOU (Diário Oficial da União) no dia 01/03/2023:

"Fica proibido no País o uso de animais vertebrados, exceto seres humanos, em pesquisa científica e no desenvolvimento e controle da qualidade de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que utilizem em suas formulações ingredientes ou compostos com segurança e eficácia já comprovadas cientificamente."

O Projeto de Lei 70/14, que visa proibir os testes em animais na área de cosméticos, perfumes e produtos de higiene, esteve em tramitação na Câmara dos Deputados, após aprovação no Senado desde o ano passado e agora simboliza a vitória dos animais e da indústria cosmética vegana.

É possível produzir cosméticos livres de testes em animais?

Siiim, e não só é possível como os produtos desenvolvidos sem testes em animais são extremamente confiáveis nos aspectos químicos e biológicos.

Os testes de cosméticos, por exemplo, podem ser realizados em tecidos sintéticos que simulam a pele humana e também, em fases mais avançadas da pesquisa, em voluntários que, conscientemente – diferente dos animais –, aceitam participar do estudo. 

Para adequar-se às novas leis, às exigências dos consumidores – que não querem contribuir com esse modelo cruel - e ao novo momento, mais indústrias pesquisam formas de tornarem suas pesquisas mais confiáveis e seguras, sem testes em animais.

Muitas marcas investem em produtos de procedência natural, confiável e segura, também para reduzir esses riscos e apostar na biocompatibilidade de suas formulações.

O que a sociedade acha do movimento Cruelty-free?

Não são apenas integrantes dos movimentos veganos e vegetarianos e ativistas ambientais e de direitos dos animais que acreditam e defendem o cruelty-free.

Cada vez mais pessoas se recusam a compactuar com os níveis de crueldade que os testes em animais promovem.

Um exemplo de como o movimento cruelty-free é cada vez mais amplo e diverso é a campanha “Save Ralph” da Humane Society International, ou Salve o Ralph, em português.

No vídeo, divulgado no YouTube, Ralph, um coelho de laboratório, fala sobre as cicatrizes, problemas de saúde e sequelas decorrentes dos testes aos quais foi submetido em prol da indústria cosmética.

A comovente campanha já tem mais de 20 milhões de visualizações.

Produtos CARE são livres de testes em animais?

produtos_veganos

A CARE não compactua com nenhum tipo de exploração ou sofrimento animal, razão pela qual nossos produtos são cruelty-free, ou seja, sem testes em animais, mas também veganos, sem nada de origem animal na composição.

Sabemos também que cuidar dos animais é cuidar do meio ambiente, por isso, nossas formulações são orgânicas e naturais.

A CARE acredita em um mundo da beleza sem exploração animal e reafirmamos esse valor em cada nova fórmula. Conheça produtos livres de testes na CARE.

Deixe um comentário

Os comentários precisam ser aprovados antes da publicação.